Histórico.

 

O curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo foi um dos quatro primeiros cursos a serem criados na Universidade de Brasília, em 1962. Ele é ofertado no Campus Darcy Ribeiro, localizado na Asa Norte, Plano Piloto de Brasília, e funciona no emblemático e simbólico Instituto Central de Ciências (ICC), edifício projetado por Oscar Niemeyer e João Filgueiras Lima (Lelé), em 1963.

 

O Curso de Arquitetura e Urbanismo da UnB entrou em funcionamento em fevereiro de 1962, tendo Lucio Costa e Oscar Niemeyer como seus primeiros coordenadores. Seguia um currículo desenhado por Edgar Albuquerque Graeff, Ítalo Campofiorito e João Filgueiras Lima, com o conteúdo estruturado em três “troncos”: teoria, composição e tecnologia. Os trabalhos então desenvolvidos – por professores, mestrandos e graduandos –, na maioria das vezes, implicavam em projetar e executar as edificações para a Cidade Universitária ou para outros órgãos do governo, em uma integração entre teoria e prática.

 

Os estudantes de Arquitetura e Urbanismo iniciavam seus estudos básicos optando entre as disciplinas oferecidas pelos Institutos de Matemática, Física, Química, Geociências, Biologia, Ciências Humanas, Letras e Artes (principalmente neste, organizado e dirigido pelo arquiteto Alcides da Rocha Miranda). Após esse período, passavam a receber o treinamento especializado e profissionalizante na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e no seu órgão complementar, o Centro de Planejamento Regional (CEPLAN, hoje denominado Centro de Planejamento Oscar Niemeyer). Por fim, já com o título profissional, poderiam ainda desenvolver estudos de pós-graduação. Os mestrandos eram admitidos como instrutores e colaboravam com o ensino de graduação.

 

Entre as décadas de 1970 e 1990, o curso seguiu se consolidando, passando por mudanças significativas do ponto de vista pedagógico. Em 1975, o Projeto de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UnB foi aprovado com o objetivo de formar profissionais da área, com uma estrutura organizada em departamentos de Arquitetura e de Urbanismo. O projeto baseava-se no estudo do "espaço social" em suas diferentes escalas: funcional, formal-simbólica e construtiva. Em 1989, um novo currículo foi implementado para atender às exigências do Currículo Mínimo do Conselho Federal de Educação de 1969. No entanto, isso foi feito sem um novo projeto pedagógico, levando a discussões sobre a necessidade de revisão. Em 1995, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo reorganizou sua estrutura acadêmica e administrativa, criando três departamentos específicos. Em 1997, uma avaliação externa apontou contradições no currículo em relação a diretrizes do Ministério da Educação. Isso levou a discussões nacionais sobre o ensino de Arquitetura e Urbanismo. 

 

Em 2003, a FAU aprovou uma atualização curricular antecipando as Diretrizes Curriculares Nacionais. O curso noturno foi criado levando-se em consideração o material já produzido e debatido durante três seminários de avaliação anteriores, tendo sido consultados e respeitados os documentos nacionais e internacionais que tratam do ensino de Arquitetura e Urbanismo, particularmente os elaborados a partir das discussões temáticas desencadeadas pela Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA); a legislação educacional em vigor, com destaque para a Resolução nº 6, de 2 de fevereiro de 2006, que estabelece a Diretrizes Curriculares para Arquitetura e Urbanismo; e a legislação profissional aplicável, especialmente a Resolução nº 1010 - CONFEA – que dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização dos profissionais do Sistema CONFEA/CREA.

 

Dos ricos debates duas certezas se sobressaíram: a) A FAU deveria ter um curso único, com apenas as diferenças inevitáveis quanto a distribuição de conteúdos nos fluxos do Integral e do Noturno, possibilitando a livre movimentação dos alunos entre o turnos; b) Esse novo curso único manteria toda a carga de conteúdo obrigatória do atual, sendo-lhes acrescidas as exigências das novas diretrizes curriculares. Foi nesse contexto que nasceu o curso noturno.

 

A Faculdade sempre abrigou, periodicamente, debates intra e supradepartamentais quanto à qualidade e atualização de ensino; tendo levado adiante iniciativas de integração entre disciplinas de um mesmo semestre a partir da adoção de temas comuns; inserido temas atuais e demandas das comunidades e do Governo do Distrito Federal nas disciplinas obrigatórias e optativas (incluindo projetos de final de curso), e buscado inovar em suas práticas pedagógicas.

 

Cursos: diurno e noturno:

 

O curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília é único, oferecido nas modalidades integral e noturno, mas sediado em unidade acadêmica - a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - estruturada em três departamentos: Projeto, Expressão e Representação – PRO, Tecnologia em Arquitetura e Urbanismo – TEC e Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo – THAU. As disciplinas estão organizadas por departamento, mas os professores, lotados nessa estrutura departamental por afinidade de suas áreas de conhecimento, no entanto, movimentam-se ministrando disciplinas de todos os departamentos. Isso traz a desejável integração de saberes, enriquecendo a experiência didática.

 

A graduação em Arquitetura e Urbanismo confere aos estudantes o diploma de Arquiteto e Urbanista. Os cursos integral e noturno estão estruturados em 10 (dez) semestres, podendo ser concluído em um mínimo de 9 (nove) e em um máximo de 18 (dezoito) semestres. Anualmente, para as formas de ingresso primárias (Vestibular, PAS e Acesso ENEM), a Universidade de Brasília oferece 140 vagas para o curso de Arquitetura e Urbanismo, sendo 80 para o curso Integral e 60 para o curso noturno. Atualmente o ingresso ocorre em dois momentos, um para cada semestre letivo de cada ano.

 

Fluxogramas:

 

                                                                  

Fluxograma do curso: Diurno                          Fluxograma do curso: Noturno

 

 

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